astrespiramides

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sábado, 26 de novembro de 2011

LIBERDADE


Calcorreei…
sem  saber calcorreei
pelas madraças da vida,
aos poucos os despojos
das guerras abandonei
e sentinela alerta me fiz
das batalhas íntimas,
procurando transmutar
a dor, o sofrimento,
no lenço branco da paz interior,
de pouco serve a existência
se vivemos  sem viver,
acordados permanecemos adormecidos,
julgando tudo saber, nada sabermos,
assim vamos
correndo ao sabor da ventania
neste mundo torpe e ilusório
teimando escondermo-nos
não do Cosmos, nem dos seres,
mas de nós mesmos
criaturas mutantes
em permanente evolução
só quando nos conhecemos a nós mesmos
podemos cortar as grilhetas invisíveis
sair da prisão sem grades
que nos encontramos
e aí ,sim,aprendermos
o verdadeiro significado da palavra
liberdade

Poste Luna

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mariposas


As portas eram no sopé da montanha
e de lá fluíam mariposas
engendradas no mundo dos ciclopes.
Distantes do mundo,
vagueavam ausentes do tempo
só o silencio pairava na memória,
eram arcaicos os momentos
em que a virgindade dos pensamentos
era corrompida
pela escuridão da indecisão,
e do saber submerso do tempo,
no vislumbre do nada
na exatidão do tudo
a suave leveza do bater de asas
conectando ao âmago do ser
faziam resplandecer de luz
as portas abertas
no sopé da montanha

Poste de Luna

domingo, 6 de novembro de 2011

Orla costeira


Na orla costeira
dos pensamentos
a vida, como o mar,
vai  deslizando
na acalmia,
ou nas águas turbulentas
do destino,
o sentido é o que lhe queremos dar,
ou vogando ao sabor da maré
ou remando contra ela,
nem sempre o caminho mais fácil
é o que nos leva
a porto seguro.
Tudo é uma questão
De livre arbítrio

Poste de Luna