Calcorreei…
sem saber calcorreei
pelas madraças da vida,
aos poucos os despojos
das guerras abandonei
e sentinela alerta me fiz
das batalhas íntimas,
procurando transmutar
a dor, o sofrimento,
no lenço branco da paz interior,
de pouco serve a existência
se vivemos sem viver,
acordados permanecemos adormecidos,
julgando tudo saber, nada sabermos,
assim vamos
correndo ao sabor da ventania
neste mundo torpe e ilusório
teimando escondermo-nos
não do Cosmos, nem dos seres,
mas de nós mesmos
criaturas mutantes
em permanente evolução
só quando nos conhecemos a nós mesmos
podemos cortar as grilhetas invisíveis
sair da prisão sem grades
que nos encontramos
e aí ,sim,aprendermos
o verdadeiro significado da palavra
liberdade
Poste Luna