astrespiramides

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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

 
Tu és terra virgem…
Quando seguro tuas mãos enrugadas,
E nessa fragilidade sinto a força
Na arritmia do teu coração,
Nesses pés que se arrastam,
Nas mãos que tremem na bengala
Onde teimas o equilíbrio,
És o livro escrito
Na descendência que te esquece,
Na solidão que vive a tua alma,
Olho os teus olhos cansados
Que vagueiam como as ondas do mar
E nele se retêm em lembranças antigas,
Sento-me junto de ti, escuto tuas histórias,
Que repetes incessantemente,
Simplesmente vou sorrindo,
Não precisas de mais,
Pois sinto que nesses instantes és feliz.
Maria José Pereira (Luna)
 
 

quinta-feira, 3 de setembro de 2015



Nada sei, do amor,
Esse amor indivisível
Que tudo dá sem nada pedir,
Amor cruxificado de Jesus na cruz,
Nada sei, de tudo o que sei,
E que mesmo sabendo
Se dilui na cândida imagem
Do desconhecido.
Amor…pequena palavra
Com a força do universo
Indiscritível pela mente e coração,
Talvez a alma o sinta,
Alma adormecida que vivifica em mim.
Maria José Pereira ( Luna)