astrespiramides

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terça-feira, 23 de janeiro de 2018


Sou prisioneira
Entre palavras amordaçadas
E pensamentos contraditórios
Que penetram em mim
Numa dança magica
Sinto-me envolvida, amordaçada,
Grilhetas invisíveis
Nascem no fundo do meu ser
Sou subjugada, aprisionada,
Como barco naufrago
Deslizo ao sabor do vento
Até encontrar o farol guia
O meu porto seguro.


Maria José (Luna)

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018



Amigos para vocês escrevo,
Palavras contidas, sentidas,
Rabiscadas numa folha de papel,
São o meu jardim florido
Cada um com o seu próprio cheiro e cor.
E neste universo de luz onde todos somos um,
Vôo como borboleta
Pousando de flor em flor,
Colhendo o carinho, colhendo o amor,
Quero ser chuva que rega a terra
De momentos partilhados
Um rio que corre para o mar
Em abraços apertados
Ainda que ausente, presente estarei,
Neste planeta terra de oceano azul
Onde novamente encarnei.


Maria José Pereira- luna

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Caminhava na praia deserta
Sentindo o cheiro do vento,
olhei o horizonte de olhos cerrados,
assim te pude ver
companheiro da eternidade
não encontrado nesta existência,
sinto os salpicos das ondas
que acariciam o meu rosto
quem sabe o teu carinho
no ancestral toque de amor,
sinto-te perto, ainda que longe,
mas que importa uma vida
se temos a imortalidade do tempo
no tempo que não existe,
no ar entoa a musica das esferas
nos doces acordes dos violinos
e das harpas dos tempos idos
abri os olhos
mas o sonho prevalece
no amor que é intemporal.


Luna

terça-feira, 9 de janeiro de 2018



Balancei no tempo incerto
na poeira que vai e volta,
Empurrada pelo vento de inverno
que traz a chuva embrulhada
em nuvens de tristeza,
é  como o chorar dos anjos
tocando a terra quando as vagas do mar gritam
que só os seres sublimados
atravessam a pé as águas do oceano.
Julgamo-nos fortes , especiais, indestrutíveis,
que tudo sabemos, que tudo transformamos,
mas basta a mãe terra estremecer
para as nossas frágeis construções
serem abalroadas.
Só o amor nos pode transformar em seres maiores,
e é a semente que germina eternamente
entre o coração e a alma pela eternidade.

luna



domingo, 7 de janeiro de 2018


Vou aguardar
As estrelas vindas do céu
Uma vez que já o sol brilha em mim,
houve um dia
Em que a mágoa abafou minha voz
E os sentidos emudeceram
O corpo gélido do pensamento,
Esperei, aguardei, cerrei a janela da alma,
E assistia à tormenta
Dos raios que entrelaçavam os céus,
Mas na hora certa…
As nuvens se dissiparam
E o coração aqueceu,
No dia, que decidi
Me abraçar outra vez.

Luna

quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Ressoa no silêncio
Uma voz de menina
Dos tempos idos
Perpetuada nas sombras da mente,
É silenciada no revelar do alvorecer
E na ausência da luz retorna,
Frémito incessanto,
Que o tempo não apaga
Como vampiros,
Sugam, dilaceram,
E a criança errante volta
Seu coração ainda punge
Nas suplicas da voz subjugada,
Nas lágrimas impedidas de rolar,
Mas as sombras só existem
Quando as deixamos entrar,
O passado é como as ondas do mar
Que ao beijar a areia da praia se desvanece,
Olho o horizonte
Que fica entre o hoje e o amanhã
E a vida nasce crepitante a cada instante.

Luna